A Prefeitura de Marília finalmente decidiu abrir sindicância para apurar a morte da servidora pública municipal Josiane Gomes Pelegrin Dias, de 41 anos. Ela faleceu em uma sala isolada na UPA da Zona Norte, na noite de 9 de janeiro de 2025.
A sindicância será conduzida pela Corregedoria Geral do Município com o objetivo de investigar possíveis falhas no atendimento médico que podem ter contribuído para a morte da paciente. Josiane, conhecida como Josi, era divorciada e deixou três filhos menores, dois deles com autismo e um com esquizofrenia. Ela era uma ativista social e chegou a ser candidata a vereadora nas eleições de outubro. Seu sepultamento aconteceu em Pirajuí.
Familiares de Josi relataram negligência médica e registraram um boletim de ocorrência para que os fatos sejam apurados. O Jornal Marília Papo Reto acompanhará de perto o desenrolar desse caso, que levanta questões sérias sobre a qualidade do atendimento na saúde pública.
A direção da UPA lamentou a morte da paciente e expressou condolências aos familiares e amigos, afirmando que durante a permanência na unidade, a equipe de saúde realizou todos os esforços cabíveis e procedimentos para estabilizar seu quadro clínico.
A portaria que instaurou a sindicância destaca que a suposta falha na prestação dos serviços públicos de saúde pode ter resultado no óbito da servidora pública municipal. A sindicância foi instaurada com base na Lei Complementar Municipal nº 680, de 28 de junho de 2013.
O compromisso do Jornal Marília Papo Reto é manter a população informada sobre os desdobramentos desse caso e cobrar respostas adequadas da administração pública. O Jornal lamenta a perda de Josiane e presta solidariedade à sua família e amigos.
“Estamos anestesiadas como mães, amigas e tudo que você representa para nós. A nossa querida Jô, mãe atípica solo de três. Militou incansavelmente pelos seus, pelo meu, pelos nossos! Uma mulher forte, destemida que não baixava a cabeça, mesmo diante tantas dificuldades diárias e demandas desgastantes…”, diz a mensagem.
Há alguns dias, durante uma caminhada com a filha, sentiu mal-estar, dores e dificuldade para respirar. Os sintomas se repetiram e ela procurou socorro em unidade de pronto atendimento.
Pesar e indignação
Os vídeos que chegaram a grupos da família mostram Josi em uma maca, sem lençóis, à espera de atendimento. Com sinais de virose, não recebeu cuidados de limpeza. Vomitou no quarto.
Contou que não conseguiu chegar ao banheiro e ficou alguns momentos no chão. Morreu pouco depois. A informação extraoficial foi de asfixia por engasgo com o próprio vômito.