O policial Tiago White foi morto pelo irmão após comemorar seu aniversário e a aprovação em um curso da Polícia Militar (PM), segundo informações disponíveis no processo. O delegado Sandro Costa explicou que os irmãos estavam reunidos com a família e discutiram. Durante a briga, o PM começou a agredir o irmão, que pegou a arma e matou o militar, conforme mostrou a investigação.
Ao g1, a defesa do suspeito disse que se trata de uma tragédia que não reflete a personalidade dele. O advogado Martiniano Neto informou que pediu um habeas corpus após a prisão de seu cliente ser mantida pela Justiça. A defesa argumentou ainda que o suspeito está abalado emocionalmente e ferido fisicamente por conta da briga com o PM.
O crime aconteceu em Uruaçu, no norte goiano. Na última sexta-feira (12), o suspeito passou por audiência de custódia e a Justiça manteve sua prisão. À PM, o irmão de Tiago admitiu que utilizou a arma institucional do soldado, que estava guardada no quarto dele, para atingi-lo com os disparos.
“Aproveitando-se da familiaridade com o ambiente, ele [o suspeito] teria conhecimento sobre o local onde a vítima guardava sua arma de fogo, de propriedade da Polícia Militar de Goiás. Ato contínuo, o flagrado disparou dois tiros contra a vítima – um atingindo a mão e outro a região abdominal, conforme relatório de evolução médica”, detalhou o documento da audiência de custódia.
Briga entre irmãos
Sandro Costa, que é titular da Delegacia Municipal de Uruaçu e do Grupo Especial de Investigação Criminal, explicou que os irmãos sempre se deram bem, mas acabaram se desentendendo durante a reunião da família. A defesa do suspeito completou que ele tinha no irmão a segurança de uma figura paterna.
“Não entendi que houve motivo fútil, uma vez que após a discussão inicial, a vítima agrediu severamente o autor, o que constitui o real motivo”, argumentou o delegado.
Neste sentido, conforme apurado pela polícia, durante a briga, o PM agrediu o suspeito, que ficou inconsciente e cambaleante por alguns minutos. Após retomar a consciência, o suspeito foi ao quarto para pegar a arma institucional dele que estava guardada, segundo a investigação. Na ocasião, Tiago chegou a correr e pular na piscina na tentativa de se proteger, mas ainda assim foi atingido pelos disparos.
O suspeito ainda afirmou não se lembrar de nada após os disparos. Ele foi preso pela PM e o soldado foi socorrido pelos bombeiros, mas não resistiu. Foi a esposa de Tiago que acionou a polícia e o socorro após o marido ser alvejado pelo irmão.
Pesar
A PM lamentou a perda do soldado. “A Polícia Militar do Estado de Goiás se solidariza e deseja que Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia, possa confortar e fortalecer a todos os familiares e amigos!”, escreveu a instituição.
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Fonte: G1