Agressora disse que cometeu o crime por conta de um surto. Vítima, 11, que é autista, e o irmão dela, 9, foram resgatados pelo Conselho Tutelar
Mulher se reconheceu no vídeo da sessão de tortura e confessou o crime
Rio – A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (17), a mulher que gravou uma sessão de tortura contra a própria a filha. Ela era procurada desde que a vítima, uma menina de 11 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e o irmão dela, 9, foram resgatados pelo Conselho Tutelar, no início de junho. A família morava em uma comunidade na Região Central e a mãe foi encontrada em Vassouras, no Centro-Sul Fluminense.
As investigações tiveram início depois que a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dcav) teve acesso ao vídeo em que a mulher aparece sufocando a filha, que tem as mãos e pés amarrados, com uma sacola plástica na cabeça dela. A especializada conseguiu identifcar a mãe e a vítima e descobriu que ela e o irmão sofriam uma rotina de maus-tratos.
Contra a agressora, foi expedido um mandado de prisão temporária e, no domingo (16), policiais civis realizaram buscas, mas só conseguiram localizar a agressora hoje, em Vassouras, a cerca de 140 km de distância de onde morava. Na delegacia, a mulher se reconheceu no vídeo da tortura que gravou e confessou o crime. A mãe alegou ter asfixiado a menina por conta de um surto. Contra ela, um mandado de prisão foi cumprido pelo crime de tortura.
A mulher foi encaminhada para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde vai passar por uma audiência de custódia nos próximos dias. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), o resgate das crianças aconteceu no dia 8 de junho, pela unidade 01 do Centro, quando a denúncia chegou ao Conselho Tutelar. Os irmãos receberam acolhimento institucional em um abrigo da Prefeitura do Rio.