Menino, teria 8 anos, foi encontrado nu e com sangramentos no corpo em um imóvel em Vinhedo; Pai e Madrasta ainda tentaram fugir
A polícia prendeu, nesta segunda-feira (6/5), o pai e a madrasta suspeitos de torturar e matar uma criança em Vinhedo, no interior de São Paulo.
Segundo depoimentos de familiares à EPTV, o menino, de 8 anos identificado por Gustavo Henrique Cardoso, foi encontrado nu e com sangramentos pelo corpo em um imóvel no Parque das Paineiras, perto do meio-dia.
Ainda de acordo com a emissora, um investigador afirmou que a vítima apresentava sinais de estar amarrada, o que, com o fato de apresentar sangramentos no corpo e estar sem roupa, indica a hipótese da prática de tortura.
O policial também disse que o Conselho Tutelar já havia sido acionado algumas vezes para ir até o local com a suspeita de maus-tratos. O corpo do Gustavo foi encontrado por volta das 11h, após uma denúncia chegar à delegacia de Vinhedo.
O pai e a madrasta teriam fugido em dois veículos pela Rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-332), entre o município e Campinas. O homem estava em um carro enquanto a mulher fugia em uma moto. Ao encontrar o casal, moradores da região teriam tentado linchar os suspeitos.
Ambos foram levados ao DP da cidade. Ao chegar no local, o pai teria dito somente que “não foi ele”.
Parentes disseram que o menino foi criado pelas tias, já que o pai ficou cinco anos preso por roubo e a mãe o teria abandonado.
Ainda segundo os familiares, Gustavo teria voltado a morar com o pai há cerca de um ano e era maltratado pela madrasta por conta de ciúmes.
Consultada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que a ocorrência ainda está em andamento e mais detalhes serão disponibilizados em breve.
O velório de Gustavo foi marcado por revolta nesta terça-feira (7) em Vinhedo (SP). Familiares do menino e amigos da família acusaram o Conselho Tutelar e outros órgãos públicos da cidade de negligência e disseram que denunciaram as agressões ao menino.
“Foi uma omissão, uma negligência tanto do Conselho Tutelar, quanto da escola onde a criança estudava. A criança ia para a escola roxo, com marcas de corda, com marcas de mordida e ninguém falava nada. A gente acionava o Conselho Tutelar e simplesmente eles cometiam negligência. Eles até foram, mas disseram que tinha que chegar ao extremo para que eles pudessem fazer alguma coisa. O extremo está aí, infelizmente”, afirmou à EPTV, afiliada da Globo, Wagner Adriano de Souza, amigo da família.
Caixão lacrado!!
Segundo a avô do menino, Irma Cardoso, o enterro teve que ser com o caixão lacrado por conta das marcas que ficaram na criança. O corpo de Gustavo foi sepultado no Cemitério Municipal de Vinhedo.
“Se vocês vissem o jeito que eu reconheci meu neto, todo deformado, no caixãozinho lacrado. Teve nem condições de ter aberto o caixãozinho dele. Eu sou mãe e avô e sei o que minha filha está sentindo. Eu vou gritar mesmo a favor do meu neto. Não vai ficar assim”, afirmou.
Descanse em paz, pequeno Gustavo que você encontre o amor eterno e a alegria que lhe foram negadas neste mundo, que o céu seja todo seu agora, onde possa brilhar livre de toda dor e sofrimento. Que a justiça seja feita e que sua memória seja honrada com amor e carinho.
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