O PSOL argumenta que as viagens de Eduardo Bolsonaro representam “a persistência da extrema direita em buscar apoio internacional” contra democracia do Brasil
O PSOL apresentou na última segunda-feira (15) uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo que os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) sejam incluídos no inquérito que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.
A ação se baseia em denúncias divulgadas pela Agência Pública, que revelam detalhes sobre a comitiva liderada por Eduardo Bolsonaro em busca de apoio internacional para punições ao Brasil.
Segundo as informações apresentadas pelo PSOL, Eduardo Bolsonaro tem afirmado que o país vive sob uma “ditadura de esquerda”.
No entanto, o deputado publicou um vídeo nas redes sociais negando que esteja articulando sanções contra o Brasil. Eduardo realizou pelo menos 125 reuniões no exterior, conforme divulgado pela revista Carta Capital.
O PSOL argumenta que as viagens de Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer representam “a persistência da extrema direita brasileira em buscar apoio internacional” para criar uma narrativa falsa sobre uma suposta crise democrática no país. O objetivo seria gerar uma crise real nas instituições democráticas brasileiras.
Pessoas que acompanharam a comitiva liderada por Eduardo Bolsonaro mencionaram possíveis sanções ao Brasil por parte dos Estados Unidos.
O deputado André Fernandes (PL-CE) afirmou em entrevista ao Epoch Times Brasil que as sanções podem ocorrer se o Judiciário brasileiro não reduzir sua atividade. Da mesma forma, Bia Kicis (PL-DF) também mencionou essa possibilidade, incluindo uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições nos EUA.
A denúncia do PSOL foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações dos atos antidemocráticos de janeiro. Caberá ao ministro decidir se os deputados serão incluídos no inquérito.
Além disso, o PSOL também apresentou uma petição no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a abertura de uma investigação para averiguar se houve uso de dinheiro público da Câmara dos Deputados para custear as viagens da comitiva liderada por Eduardo Bolsonaro.
De acordo com informações da própria Câmara, os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Coronel Ulysses (União-AC) utilizaram a cota parlamentar para financiar a viagem.