No vasto e diversificado acervo do Almanaque do Esquecimento, a história de Chavantes é uma joia que merece ser polida e preservada para as gerações vindouras. Nenhuma narrativa é demasiada pequena ou insignificante, pois cada uma contribui para o mosaico da identidade desta cidade. Aqui está a história de Chavantes, como contada pelas memórias entrelaçadas de seus habitantes:
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Entre as décadas de 1920 e 1930, ergueu-se um edifício que, ao longo das décadas, se tornaria um marco na paisagem urbana de Chavantes. Inicialmente, uma estrutura de concreto e tijolos, mas logo se transformaria em um recipiente de inúmeras histórias e emoções. Era um lugar onde o tempo se diluía, e as memórias se acumulavam em camadas sobrepostas.
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Nos idos dos anos 60 e 70, a lanchonete BATACÃ era o ponto de encontro favorito dos viajantes que chegavam à cidade pela Estação Ferroviária. Ali, entre uma refeição e outra, as histórias fluíam livremente, tecendo laços de amizade que resistiriam ao teste do tempo.
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Na década seguinte, o edifício foi transformado na sede da Associação Atlética Chavantense, testemunhando as glórias e os desafios do futebol local. Celebrações ecoavam por seus corredores, enquanto os heróis esportivos da comunidade deixavam sua marca nas paredes em forma de retratos.
Então, nos vibrantes anos 90, sob a direção carismática de Lazaro, conhecido como Lazinho, o prédio assumiu uma nova identidade como a discoteca STALUS. Aqui, as batidas da música pulsavam em harmonia com os corações dos frequentadores, enquanto risos e alegria preenchiam cada canto.
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Apesar do fechamento do STALUS, o edifício continuou a ser um farol de vida noturna como a Discoteca Associação Chavantense, mantendo a chama da diversão e da socialização acesa na comunidade.
No entanto, com o passar dos anos, o prédio foi gradualmente abandonado até ser ocupado pela SAEC Saneamento de Água e Esgoto de Chavantes. Infelizmente, a falta de manutenção e preservação adequadas resultou no trágico desabamento parcial, encerrando assim mais um capítulo na rica história do edifício.
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Essa perda não apenas ressalta a importância da preservação do patrimônio histórico de Chavantes, mas também serve como um lembrete do valor das memórias e das narrativas que esses lugares carregam consigo, conectando gerações e enriquecendo a identidade local. Que este episódio trágico inspire um renovado compromisso com a conservação do passado, para que as futuras gerações também possam apreciar e aprender com a história de Chavantes.
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Informações: Amigos do passado
Fonte Imagens: eliandro_peletizadora Vanessa Nogueira