As investigações apontam que suas ações visavam criar um ambiente favorável para a execução de um golpe de Estado
Nesta quarta-feira (14), o Exército Brasileiro anunciou a exoneração de dois tenentes-coronéis, Guilherme Marques Almeida e Hélio Ferreira Lima, em decorrência de investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo informações divulgadas, Hélio Ferreira Lima, que ocupava o cargo de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, estava envolvido em atividades relacionadas à busca por inconsistências nas urnas eletrônicas.
Suspeita-se que ele tenha enviado documentos a Mauro Cid com alegações de fraude eleitoral, como parte de uma estratégia para propagar desinformação e gerar descrédito no sistema eleitoral.
Por sua vez, Guilherme Marques Almeida, que atuava como comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, é acusado de envolvimento na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e “estudos” sobre o processo eleitoral.
As investigações apontam que suas ações visavam criar um ambiente favorável para a execução de um golpe de Estado.
As exonerações dos militares ocorrem no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no poder. Entre os alvos da operação estão aliados próximos do ex-presidente, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres.
A Operação Tempus Veritatis, desdobramento de uma investigação mais ampla, tem como foco os núcleos formados por aliados de Bolsonaro que se dedicaram à disseminação de notícias falsas sobre fraude eleitoral, buscando desmoralizar e invalidar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).