A Polícia Federal está conduzindo investigações sobre um segundo mandante no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) em 2018. A expectativa é que o ex-policial militar Ronnie Lessa colabore em um acordo de delação premiada com a PF, aguardando aprovação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações foram divulgadas pela coluna Segredos do Crime, do jornal O Globo.
A PF busca efetuar as prisões dos dois mandantes antes do dia 14 de março, data em que o crime completará seis anos.
“Toda essa espera ganhou uma ponta de esperança pelo trabalho que veio a partir da entrada da Polícia Federal no caso. Fatos importantes foram revelados, um novo participante apontado [o bombeiro Maxwell Simões Correa, acusado de monitorar Marielle]. A esperança de que o caso, enfim, ganhe um desfecho foi reacendida”, afirmou a viúva de Marielle, a vereadora Monica Benicio.
Na terça-feira (23), Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco em março de 2018, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato, que resultou não apenas na morte da parlamentar, mas também do motorista Anderson Gomes.
Lessa está preso desde 2019 e aceitou o acordo de delação premiada, ainda sujeito à homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Domingos Brazão, apontado como mandante do assassinato da vereadora, possui foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
Na última delação sobre o caso, feita pelo ex-policial militar Élcio de Queiroz em julho de 2023, preso por participação na morte de Marielle, ele confessou ter dirigido o carro, um Cobalt prata, durante o atentado.