Setor acumula alta de 1,5% em 12 meses e de 1,6% no ano; entenda
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) divulgou nesta quinta-feira (14) que o comércio varejista no Brasil apresentou uma redução de 0,3% nas vendas de setembro para outubro, revertendo o crescimento de 0,5% observado no mês anterior. No acumulado do ano, o setor registra um aumento de 1,6%, enquanto nos últimos 12 meses a elevação é de 1,5%.
Com base no desempenho, o setor opera atualmente 4,4% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, pré-pandemia, enquanto se situa 2% abaixo do pico mais elevado da série histórica, conforme destacado pelo IBGE. O instituto ressalta que, desde fevereiro, as variações apresentadas pelo setor têm se mantido muito próximas de zero, caracterizando uma leitura de estabilidade em todos os meses, com exceção de março (0,7%), maio (-0,6%) e julho (0,7%).
Apesar da resistência demonstrada pelo setor, impulsionada por um mercado de trabalho mais dinâmico, o mesmo tem enfrentado dificuldades para obter um crescimento substancial. A persistência de números próximos a zero é atribuída à pressão exercida pela elevada taxa de juros, que atua como um fator inibidor do consumo, especialmente no que diz respeito a bens duráveis.
Dentre as oito atividades analisadas, cinco registraram desempenho negativo em outubro, conforme revelado pelos dados. As áreas de Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação apresentaram a maior queda, com um declínio de 5,7%. Em seguida, destacam-se as variações negativas em Tecidos, Vestuário e Calçados (-1,9%), Hiper, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,8%), Combustíveis e Lubrificantes (-0,7%) e Móveis e Eletrodomésticos (-0,1%).
Por outro lado, observaram-se ganhos em determinados segmentos do comércio varejista. Livros, jornais, revistas e papelaria registraram um aumento de 2,8%, seguido por Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria, com 1,4%, e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico, com incremento de 0,2%. No entanto, o comércio varejista ampliado, que engloba veículos, motos, partes e peças, apresentou uma retração de 0,4% em outubro em comparação com o mês anterior.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 3 pontos na passagem de setembro para outubro, a segunda queda consecutiva, para 89,2 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador caiu 0,8 ponto.
Em outubro, a confiança diminuiu em cinco dos seis principais setores do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) registrou uma queda de 2,0 pontos, atingindo 92,2 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) diminuiu 3,8 pontos, chegando a 86,7 pontos.
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