Senador Flávio Bolsonaro contou detalhes do convite
O senador Flávio Bolsonaro revelou nesta quarta-feira (13) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cogitou indicá-lo para o Supremo Tribunal Federal. Durante a sabatina de Flávio Dino, o filho mais velho do antigo governante do Brasil relatou que não quis aceitar o convite do pai e pediu para que André Mendonça foi nomeado em seu lugar.
“Bolsonaro virou para mim e falou: ‘Flávio, o que você acha de você ser o indicado ao STF?’, já que se discutia a indicação de um evangélico, como ele havia prometido na campanha. Eu disse: ‘presidente, apesar de eu ser advogado, o que eu sou é político, o que eu gosto é política, indique André Mendonça’”, declarou Flávio.
Na sequência, ele provocou o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) “Eu acredito que com a ajuda do presidente Davi, teria alguma chance de passar no Senado Federal”, ironizou.
Flávio Bolsonaro x Flávio Dino
Flávio Bolsonaro também reclamou do fato de Flávio Dino ter sido debochado com parlamentares durante audiências públicas ao longo de 2023, quando ocupava o cargo de ministro da Justiça.
“O tom jocoso, as vezes em tom de deboche, tratando parlamentares com desdém. Eu próprio tive essa mau oportunidade, na Comissão de Segurança Pública. (…) naquele momento, alertei vossa excelência sobre as narcomilícias e o senhor, lamentavelmente, me respondeu fazendo uma espécie de sinalização que eu tenha envolvimento com milícia, o que é uma fake news. Eu desafio as autoridades do Brasil a acharem o nome Bolsonaro em qualquer investigação”, falou o senador.
Flávio Bolsonaro também reclamou da visão de Dino sobre a regulamentação da internet. Porém, o ministro rebateu o senador e defendeu sua opinião em relação ao tema.
“Esse Congresso aprovou o Marco Civil da internet. Nos artigos 19 e 21, você encontra regulações. Se você abrir sua timeline, muito provavelmente não vai encontrar cenas de nudez não consentida. Porque há moderação ativa de conteúdo das empresas”, declarou.
“O senhor diz assim: ‘tem que ser perseguido os criminosos e não os instrumentos’. Isso anularia o caráter preventivo das políticas públicas. Se o seu raciocínio fosse correto, o senhor poderia ter em casa uma bomba atômica”, concluiu.