Prefeitura de São Paulo recorreu para impedir greve
Motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo anunciaram nesta quinta-feira (30) uma greve surpresa em resposta ao cancelamento das eleições do SindMotoristas pelo Tribunal Regional do Trabalho.
A Prefeitura de São Paulo agiu rapidamente e recorreu à Justiça com um mandado de segurança cível para garantir o funcionamento das linhas de ônibus na sexta (1).
O pedido inclui uma medida cautelar para impedir a paralisação e estabelece uma multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB-SP), demonstrou muita irritação com a paralisação. “Não faz o menor sentido”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo. “A população não pode ser vítima só porque a Justiça suspendeu a eleição”.
O motivo central da greve está relacionado ao cancelamento das eleições sindicais do SindMotoristas pelo TRT.
O Tribunal atendeu ao pedido do Grupo Oposição e Luta, chapa contrária à atual direção. A chapa Resgate Raiz, que representa a diretoria atual do sindicato, venceu a eleição, mas a proposta de paralisação não foi aprovada em assembleia.
A controvérsia na eleição sindical adiciona complexidade à situação, com diferentes facções dentro do sindicato expressando posições divergentes.
José Valdevan de Jesus Santos, presidente do SindMotoristas, afirmou que a greve não foi convocada pelo sindicato, mas sim pela extinta comissão eleitoral da chapa 4.
“Qualquer paralisação no sistema de transporte urbano de São Paulo não terá a participação do SindMotoristas e será considerada exploração política de uma chapa de oposição que busca afrontar o poder judiciário e obter vantagens indevidas explorando a boa fé da categoria profissional”, posicionou-se.
Essa pode ser a segunda greve que ocorre em São Paulo na mesma semana. Na terça (28), servidores do Metrô, da Sabesp e da CPTM paralisaram seus trabalhos para protestarem contra as privatizações feitas pelo governo estadual.
A greve terminou no começo da quarta (29), mas causou transtornos em diversas linhas e vias da capital paulista. Houve moradores que apoiaram o ato, mas teve quem desaprovasse as paralisações.
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