Caso aconteceu na Praia Grande (SP); em mensagens de WhatsApp, docente diz que “queria transar” com o adolescente
Uma professora de Artes de 25 anos foi exonerada do cargo na Prefeitura de Praia Grande (SP) depois de ter beijado um estudante de 14 anos. A docente admitiu o beijo no aluno do 9º ano da Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes a outra estudante através de mensagens no WhatsApp. A professora ainda disse que “queria transar” com o adolescente.
As conversas foram descobertas pela mãe da estudante, que denunciou o caso à direção da escola. A aluna Marcela (nome fictício) e seu melhor amigo, Pedro (nome fictício), então, passaram a receber ameaças de um grupo de estudantes, incluindo o adolescente que foi beijado pela professora. Pedro chegou a ser agredido e ficou internado.
Na troca de mensagens com Marcela, cujas capturas de tela foram obtidas pelo portal iG, a professora admite ter beijado um estudante de 14 anos. “A gente só se beijou”, diz ela. “Quero transar com ele. Só o beijo não deu conta”, completa.
Nas mensagens, a docente ainda comenta sobre outros alunos, chamando os adolescentes de “gatinhos” e “gostosinhos”. “Ainda vou dar para ele, isso é certeza”, diz ela sobre um dos adolescentes. “Muito foda só olhar para onde você queria sentar”, afirma sobre outro aluno.
As conversas também revelam que a professora convidava os adolescentes para ingerirem bebidas alcoólicas e fumarem cigarro eletrônico. A troca de mensagens foi feita em maio, mas a denúncia junto à direção da escola aconteceu em setembro.
Agressão e ameaça
Após a denúncia feita pela mãe de Marcela junto à direção da escola, a adolescente e Pedro passaram a receber ameaças. “Meu filho é o melhor amigo dessa moça que a mãe fez a denúncia. Ele não tinha contato da professora, contato nenhum com ela”, relata Helena Andria, mãe do adolescente ameaçado.
Segundo ela, a diretora da escola errou ao permitir que a professora soubesse quem tinha realizado a denúncia, informação que se espalhou pela escola e levou às ameaças e agressões.
No final de setembro, um grupo de três alunos cercou Marcela e Pedro na saída da escola, os ameaçando por terem “caguetado” a professora, de acordo com Boletim de Ocorrência registrado na ocasião. Os dois conseguiram correr para dentro da escola, evitando uma agressão.
Desde então, os adolescentes vêm recebendo ameaças, conta Helena. A mãe passou a levar e buscar Pedro na escola todos os dias, com medo de que ele fosse agredido. “Na terça-feira (dia 14/11), infelizmente, nós não conseguimos buscá-lo. Eles [os adolescentes] já estavam esperando o melhor horário para poder pegar meu filho. E aí na esquina de casa eles agrediram ele”, conta Helena. Segundo ela, o adolescente beijado pela professora estava no grupo de agressores.
Pedro passou por exame de corpo de delito e ficou internado após sentir dores abdominais. A alta veio apenas nesta quarta-feira (22). “Ele está melhorando dos hematomas abdominais, tomando injeções de anticoagulante e antibióticos”, conta Helena. “Meu filho não quer retornar à escola e está muito deprimido”, completa.
Em nota, a prefeitura de Praia Grande informa, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), que “a professora citada no caso foi desligada dos quadros funcionais da Prefeitura por má conduta, assim que a pasta municipal soube do ocorrido”.
“Ainda visando preservar os alunos, a direção da escola remeteu os fatos ao Conselho Tutelar, por se tratar de órgão de proteção da criança e do adolescente”, completa a Seduc.
A Polícia Civil informa que o caso de ameaça e agressão contra os estudantes “foi registrado no 3º DP de Praia Grande, onde é investigado”. “A autoridade policial realiza diligências para intimar todos os envolvidos e esclarecer os fatos. Detalhes serão preservados por envolver menor de idade”, afirma a corporação, em nota.
Siga a nossa página Chavantes Notícia
Por: ig.com.br