Presidente Lula conversará com Ursula Von der Leyen
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçará o empenho brasileiro nas negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia em uma chamada telefônica com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. Este contato ocorre em um momento importante das tratativas, que buscam impulsionar as relações comerciais entre os dois blocos.
As negociações, que se desenrolam em nível técnico, ganharão um impulso político com a interação direta entre Lula e Von der Leyen. Fontes do Itamaraty destacam a importância desse apoio político para avançar nas discussões que envolvem temas sensíveis para ambos os lados.
Uma reunião presencial está programada para ocorrer até o final desta semana em Brasília, proporcionando um ambiente propício para abordar questões pendentes e delinear estratégias para o avanço das negociações.
Diplomatas do Itamaraty planejam avaliar, na semana seguinte, se há pendências a serem resolvidas e o que é necessário para concluir o acordo a tempo da cúpula do Mercosul, adicionando um senso de urgência às negociações.
Após participar da COP 28 nos Emirados Árabes, Lula seguirá para a Alemanha para uma visita oficial ao chanceler alemão Olaf Scholz. Essa visita visa estabelecer entendimentos bilaterais favoráveis ao acordo Mercosul-UE.
As negociações, que transcorreram ao longo de setembro e outubro, registraram avanços significativos nas últimas semanas, especialmente nas áreas de desenvolvimento sustentável e comércio. No entanto, mesmo diante dos progressos, todos os lados mantêm cautela em relação à conclusão do acordo, que está em discussão desde 1999.
Dois temas são apontados como os mais desafiadores: compras governamentais e a nova lei europeia do desmatamento. No que diz respeito às compras governamentais, o Brasil, atendendo a uma solicitação de Lula, defende a retirada desse ponto, enquanto a UE demonstra abertura para um entendimento.
Já a nova lei europeia do desmatamento concede à UE poder para anular concessões negociadas por duas décadas. O Brasil busca um mecanismo de compensação para reequilibrar o acordo comercial, visando proteger as exportações do Mercosul diante das ameaças impostas por essa legislação.
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