Ministro está sendo associado ao traficante Tio Patinhas, chefe do Comando Vermelho
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (15) o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, que está sendo associado ao traficante Tio Patinhas, chefe do Comando Vermelho .
O chefe do Executivo afirmou que Dino “vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados”.
Circula um vídeo nas redes sociais mostrando que o chefe da pasta da Justiça está ao lado de uma mulher, que seria a esposa do Tio Patinhas. Entretanto, se trata da humorista Ví Alvares.
“Minha solidariedade ao ministro @FlavioDino que vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).
O presidente acrescentou que o Ministério da Justiça tem coordenado ações que “despertam muitos adversários, que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas”.
“O Ministério da Justiça tem coordenado ações de enorme importância para o país: a defesa da democracia; o combate ao armamentismo selvagem; o enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico e às milícias; e a proteção da Amazônia”, escreveu.
“Essas ações despertam muitos adversários, que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas. Daí nascem as fake news difundidas numa clara ação coordenada”, completou Lula.
O caso começou a ser disseminado após a imprensa noticiar que a mulher de um chefe do Comando Vermelho no Amazonas, que foi preso em 2022, visitou duas vezes o Ministério da Justiça em 2023.
A mulher é Luciane Barbosa Farias, que é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, preso em dezembro do ano passado. O casal já foi condenado por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa.
Tio Patinhas é o líder da facção Comando Vermelho e cumpre pena de 31 anos no Amazonas. Já Luciane foi condenada a dez anos de prisão, mas cumpre pena em liberdade.
No dia 19 de março deste ano, Luciene realmente esteve no Ministério da Justiça. Ela foi recebida pelo secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz e, posteriormente, pelo secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco Brandani no dia 2 de maio. Não há registros dela com Flávio Dino.
Em nota, Luciene diz que “não é faccionada de nenhuma organização criminosa”.
Elias Vaz se desculpou pelo ocorrido e disse à coluna da Bela Megale, do GLOBO, que “nunca passou pela sua cabeça” que ela pudesse ter vinculação criminosa.
“O ministro Flávio Dino nem sonhava que essa pessoa passou por aqui. Claro que ele ficou chateado, porque os bolsonaristas estão usando isso para divulgar essa fake news maluca que busca vincular as facções criminosas com o governo”, disse.
Dino, afirmou na segunda-feira (13), que nunca recebeu ninguém associado a facções.
“Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que não se realizou em meu gabinete. Sobre a audiência, em outro local, sem o meu conhecimento ou presença, vejam a história verdadeira no Twitter do Elias Vaz. Lendo lá, verificarão que não é o que estão dizendo por conta de vil politicagem”, afirmou em rede social.
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