O senador Flávio Bolsonaro acionou a Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, e pede o afastamento dele do cargo após a reportagem do jornal Estadão, que revelou encontros da “dama do tráfico de Manaus” com secretários da pasta. Ele insinua que esta prática pode ser um indício de outros encontros com pessoas ligadas ao crime.
Flávio diz ainda que o caso está em desacordo com os princípios da administração pública e diz que o ministro omitiu propositalmente o nome da mulher do traficante.
“Agendas fechadas, sem registros, em que ninguém sabe o que está sendo discutido, os ocupantes de cargos públicos junto Ministério da Justiça flagrantemente estão violando os princípios da publicidade e da transparência, aliado à circunstância de possível proximidade do Ministro Flávio Dino com líderes de facções criminosas – episódio Complexo da Maré no Rio de Janeiro”, diz em trecho.
O episódio citado por Flávio ocorreu em março, quando Dino tinha agendas no Rio de Janeiro.
“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas dois carros e sem trocar tiros”, escreveu Eduardo Bolsonaro (PL) no X (antigo Twitter) na época.
As investigações mostram que Luciane abriu um salão de beleza, que seria usado na lavagem do dinheiro do tráfico. O Imposto de Renda de Luciane mostra um enriquecimento de R$ 30 mil em dezembro de 2015 para R$ 346 mil no ano seguinte. A segunda visita ao MJ ocorreu em 2 de maio, quando ela esteve com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Ela também teve audiências dentro da Pasta com Paula Cristina da Silva Godoy, titular da Ouvidoria Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, que é diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen.
Luciene Barbosa Farias já foi condenada a 10 anos de prisão por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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