O crime ocorreu no Conjunto A, da Quadra 7, de Sobradinho, no Distrito Federal. Dionnathan Williams foi preso em flagrante.
Horas antes de morrer, Ronei Lúcio Barbosa Barreto, 54 anos, enviou um áudio para o irmão narrando a cena do crime e revelando a autoria do assassino: “O Dionnathan me furou todo aqui, cara. A casa está puro sangue. Me acode aqui”.
O policial militar reformado foi morto, na madrugada de segunda-feira (12/12), após ser esfaqueado diversas vezes pelo próprio filho. Logo após o crime, Dionnathan Williams Ferreira Barreto, 22 anos, teria, ainda, incendiado a casa onde morava com a família. Ele foi preso em flagrante.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), por volta das 2h, os militares atenderam ocorrência de incêndio em uma residência localizada no Conjunto A, da Quadra 7, de Sobradinho, no Distrito Federal. No local, encontraram Ronei morto, com diversas perfurações na região dorsal, lombar, na panturrilha e na região do pulso.
Na cena do crime, agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontraram parte da casa completamente incendiada, além de pegadas com sangue pelo corredor, cômodos e parede, indicando “luta violenta no local”.
Segundo Hudson Maldonado, delegado da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), responsável pelo caso, no momento da autuação, o suspeito se comportou com frieza. “Autor frio. Não expressou nenhuma expressão no rosto durante todo o interrogatório. Na delegacia, tentou, ainda, difamar a imagem do pai”, declarou Maldonado.
Dionnathan teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, nessa terça-feira (13/11), após audiência de custódia. Para a juíza, a prisão preventiva do autuado, se faz necessária para o resguardo da ordem pública.
“No presente caso, apesar da primariedade do autuado, os fatos em análise se revestem de extrema gravidade em concreto. Haja vista que em tese o autuado teria, em razão de um desentendimento, durante a madrugada e na casa em que vivia com seu pai, desferido diversos golpes de faca contra ele, inclusive nas costas, e ateado fogo à residência, resultando na morte do genitor”, declarou a magistrada.
De acordo com ela, o caso indica a “periculosidade do autuado” e caracterizam situação de “acentuado risco à incolumidade pública”. “Esses são pontos suficientes para justificar a segregação cautelar como medida necessária e adequada para contenção de seu ímpeto delitivo, não se mostrando suficiente a imposição de qualquer das medidas cautelares admitidas em lei”, finalizou.
O jovem, agora, passará pelo Tribunal do Júri e Vara de Delitos de Trânsito de Sobradinho. Se condenado, ele poderá pegar de 12 a 30 anos de reclusão por homicídio doloso com mais de dois qualificadores.
Medo do filho
Aos policiais, familiares da vítima informaram que receberam ligações de Ronei durante a madrugada do crime, mas, por estarem dormindo, não viram as chamadas.
Ainda segundo relato de parentes, pai e filho tinham “relacionamento conturbado” e que Ronei, que enfrentava quadro de depressão, já teria dito “algumas vezes sentir medo de que Dionnathan o matasse”.
Por: Chavantes Notícia
Por: Metrópoles
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