O setor elétrico já está em alerta por causa do baixo nível dos reservatórios. É a primeira vez desde o início da adoção do sistema, em 2015, que a tarifa extra nas contas de luz em todo o Brasil passa direto da bandeira verde para a bandeira vermelha patamar dois, a mais cara.
Os brasileiros começaram a pagar mais caro a conta de luz a partir do dia 01/12/2020. O setor elétrico já está em alerta por causa do baixo nível dos reservatórios.
É a primeira vez desde o início da adoção do sistema, em 2015, que a tarifa extra nas contas de luz em todo o Brasil passa direto da bandeira verde, que não cobra nada a mais do consumidor, para a bandeira vermelha patamar dois, a mais cara de todas, que eleva a conta em R$ 6,24 a cada 100 quilowatts/hora de energia consumida.
A decisão da Aneel pegou os consumidores de surpresa. Em maio, a agência havia anunciado que iria manter a bandeira verde até o dia 31 de dezembro para aliviar a conta de luz dos consumidores durante a pandemia e auxiliar o setor elétrico.
O argumento da Aneel agora para cobrar mais na conta de luz é o aumento no consumo da energia, que voltou ao patamar pré-pandemia, e a redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
O ONS, Operador Nacional do Sistema, enviou uma carta à agência chamando a atenção para a situação crítica em dezembro: “antevemos condições de dificuldade no atendimento eletro energético, pelo menos até o final desse ano, sujeitas às incertezas associadas ao comportamento da carga e da geração eólica neste horizonte”.
Na terça-feira 01/12, o presidente Bolsonaro defendeu a adoção da bandeira vermelha na tarifa. Ao ver uma crítica em uma rede social, onde uma pessoa escreveu: “A conta de luz vai aumentar. Obrigado, presidente.” Ele respondeu: “As represas estão em níveis baixíssimos. Se nada fizermos poderemos ter apagões. O período de chuvas, que deveria começar em outubro, ainda não veio. Iniciamos também campanha contra o desperdício.”
É o que explica o professor Nivalde de Castro, pesquisador do grupo de estudos do setor elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo ele, a mudança pode refletir em um aumento entre 5 e 10% na conta de luz.
“O peso disso do ponto de vista das tarifas não é tão significativo, mas indica para os consumidores a necessidade de poupar energia, de economizar o gasto e poupar energia para que os reservatórios não se deteriorem enquanto a gente espera as chuvas chegarem e o nível de armazenamento aumentar”, explica.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico declarou que o volume de chuva dos últimos anos não permitiu a total recuperação dos reservatórios. E que já acionou as termelétricas e está importando energia da Argentina e do Uruguai.
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Por: g1.globo.com