Instituto do Câncer de São Paulo está realizando a primeira fase dos testes clínicos da ‘pílula do câncer’.
O ICESP foi escolhido como centro coordenador da pesquisa e nesse primeiro momento para avaliar a segurança das doses aplicadas. O deputado Ricardo Madalena continua sua luta em defesa da liberação da “fosfo” pela ANVISA .
O deputado estadual Ricardo Madalena (PR) continua sua incansável luta em defesa da liberação da Fosfoetanolamina Sintética pela ANVISA. Depois de comemorar o início da produção do primeiro lote da “pílula do câncer”, agora começará outro passo fundamental: os testes clínicos para avaliar a segurança e a eficácia da substância em pacientes com câncer em estágio avançado.
Atualmente, em resposta ao deputado Ricardo Madalena, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou os três centros oncológicos selecionados para a realização dos testes clínicos, sendo eles os hospitais de Jaú, Barretos e o AC Camargo.
Foi confirmado, também, que o centro coordenador das pesquisas será o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. O ICESP pertence a um dos maiores centros de oncologia da América Latina: o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
“Devemos comemorar cada passo dado, porque sabemos das dificuldades das pessoas e das famílias que sofrem com esse mal universal, porém, continuamos acompanhando de perto, para que as pesquisas continuem avançando”, afirma o perseverante deputado estadual Ricardo Madalena (PR-SP), primeiro parlamentar a encampar com afinco essa luta ao lado do pesquisador Gilberto Chierice – do Instituto de Química da USP de São Carlos, responsável pelos estudos da pílula há mais de vinte anos.
As pesquisas
Na primeira fase dos testes clínicos, 10 pacientes serão avaliados para determinar a segurança das doses que estão sendo aplicadas atualmente. Caso a fosfoetanolamina não apresente efeitos colaterais graves, os testes passarão a ser realizados com mais 21 pacientes em cada grupo de tumor diferente. Serão estudados os efeitos em pacientes com tumores na cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Constatados sinais de atividade da substância, o estágio seguinte incluirá 20 pacientes em cada grupo.
“Depois que a atividade relevante da ‘fosfo’ for comprovada, novos pacientes serão incluídos nos testes, até chegar a um total de mil pessoas”, explica o deputado Ricardo Madalena ao concluir: “O estudo será coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde, com investimento estimado em R$ 5 milhões”.
Um pouco da caminhada de Madalena.
Em fevereiro deste ano, o parlamentar solicitou ao governador Geraldo Alckmin que autorizasse o laboratório PDT Pharma a produzir quantidade suficiente para atender a demanda de pacientes com liminar judicial (mais de 15 mil pacientes que acionaram a justiça). No último dia 26 de abril, com base na lei 13.269, de 13 de abril de 2016, sancionada pela presidente da República, que autorizou o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes com tumores malignos; Madalena reiterou o pedido ao governador.
“Por imperativo constitucional a saúde é dever do Estado e direito dos cidadãos, conforme disposto nos artigos 196 e 198 da Constituição. Os responsáveis são os governantes, então, nada mais justo que lutarmos para que o governador Geraldo Alckmin assuma as 15 mil ações judiciais que solicitam acesso à fosfoetanolamina e autorize o laboratório PDT Pharma aumente a produção da substância para atender os pacientes. Eu espero que o governador altere o contrato com o PDT Pharma para atender a demanda judicial e também de quem mais entrar na justiça para que os portadores desta terrível enfermidade que é o câncer possam ter esperança de vida novamente” afirmou Madalena.
Outra ação importante do parlamentar aconteceu no dia 06 de abril, quando apresentou ao reitor da USP, Marco Antônio Zago, uma solicitação para que a Procuradoria Geral da universidade retire a representação criminal por curandeirismo e crime contra a saúde pública, que faz oposição ao professor Gilberto Chierice, responsável pelos estudos da pílula há mais de vinte anos, no Instituto de Química da USP de São Carlos.