No dia 03 de setembro foi ministrada pela psicóloga Ana Luiza a Palestra “Desobediência ou hiperatividade ? Até que ponto o comportamento agitado de nossas crianças pode ser considerado como doença”. O encontro, que contou com a colaboração das fonoaudiólogas Adriana e Ana Paula, foi direcionado aos pais dos alunos que fazem parte do programa de acompanhamento do desenvolvimento psicológico e fonoaudiológico da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Ipaussu. A palestra versou sobre o tema da medicalização da sociedade e, a consequente medicalização da educação (muitas vezes disfarçada sob o rotulo de um transtorno, a hiperatividade). Explicou-se sobre esta, sua importância e consequências se não tratada (e esclareceu sobre efeitos colaterais, benefícios e os riscos dos remédios usados nestes casos). O foco em questão procurou apontar para a quantidade exagerada de crianças que estão recebendo esse diagnostico, sendo que em muitos casos a própria família já chega com ele pronto . O que acaba favorecendo o uso abusivo de medicamentos que atuam no funcionamento cerebral. “ Atualmente, estamos vendo uma infância medicalizada. O quanto isso se torna preocupante pois nesta fase da vida a criança está em plena formação de seu corpo, mente e personalidade. Muitas vezes, a curiosidade, a atividade e o interesse da criança pelo mundo a sua volta (características estas que fazem parte do desenvolvimento infantil) são percebidos como uma agitação patológica que precisa de intervenção. Concretamente, o que vai dosar e regular toda essa atividade vai ser o posicionamento da família em relação ao comportamento de suas crianças. Filhos mais ativos necessitam de pais mais firmes, que deem espaço, mas também saibam delimitá-lo”, comenta a psicóloga Ana Luiza.
Fonte: Chavantes Notícia